- Liberdade
- Indenização
- Discriminação
- Direito Econômico
- Ministério do Trabalho e Emprego
- Direito de Acesso à Informação
- Direito
- Salário
- Direito do Trabalho
- Vara do Trabalho
- Crise Econômica
- INSS
- Grupo Santander
- Santander
- Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990
- Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943
- Ministérios do Brasil
- Concurso Público
- Dano Moral
- Direito Bancário
- Direito Civil
- Direito Constitucional
- Direito do Consumidor
- Direito Eleitoral
- Operação Lava Jato
- Juros sobre Dano Moral no Processo do Trabalho
Justiça manda Santander indenizar funcionária demitida por texto com críticas à reeleição de Dilma
Edson Pereira de Oliveira - Valor da indenização é de R$ 450 mil e banco pode recorrer da decisão
SÃO PAULO - A juíza Lúcia Toledo Silva Pinto, da 78ª Vara do trabalho de São Paulo, determinou que o banco Santander pague R$ 450 mil de indenização à analista Sinara Polycarpo Figueiredo, demitida no ano passado da Superintendência de Consultoria de Investimentos Select por causa de uma carta enviada a clientes de alta renda advertindo para o possível agravamento da crise econômica caso a presidente Dilma Rousseff fosse reeleita. A decisão é de primeira instância e cabe recurso.
Na ação, Sinara negou que ela tinha sido a autora do texto, afirmando que a análise foi elaborada por uma de suas funcionárias. A ex-funcionária do Santander argumentou no processo que sua dispensa ocorreu por ato de “discriminação política”, prejudicando sua imagem pessoal e profissional e taxando-a de "agitadora política". Segundo ela diz na ação, o banco foi "subserviente às forças políticas e se manifestou publicamente sobre o episódio pedindo desculpas pela publicação do texto".
O Santander negou na ação que a demissão de Sinara Polycarpo tenha tido cunho político e afirmou que a demissão ocorreu porque a ex-funcionária violou norma de conduta do banco ao não ter revisado um texto de análise financeira elaborado por uma de suas subordinadas, evitando assim "publicações com conotações político partidárias".
O texto que causou polêmica falava sobre as condições ruins da economia brasileira no ano passado, com "baixo crescimento, inflação alta e déficit em conta corrente", e citava também "quebra de confiança e pessimismo crescente em relação ao Brasil", vinculando esse quadro à queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff. O alerta aos clientes era de que a Bolsa poderia cair ainda mais, o real se desvalorizar e os juros subirem em caso de uma subida de Dilma nas pesquisas de intenção de voto.
No entendimento da juíza, o texto do Santander vinculando a situação da economia ao quadro político trazia a mesma análise feitas por outros profissionais do mercado financeiro. Para a juíza, seria "desleal com os clientes do banco esconder tais circunstâncias". A juíza acatou o argumento da analista de que o Santander foi submisso ao governo ao demitir a analista e pediu desculpas publicamente como foi solicitado "arbitrária e grosseiramente" pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Em discurso público, Lula se dirigiu ao então presidente do Santander, Emílio Botín, dizendo:
"Ô Botín, é o seguinte, meu querido: manter uma mulher dessa num cargo de chefia, sinceramente... Pode mandar embora e dá o bônus para mim", afirmou Lula.
Procurado, o Santander não se pronunciou sobre a decisão da juíza. A Analista Sinara Polycarpo informou ao GLOBO que ainda não havia sido informada dos detalhes da decisão da justiça do Trabalho por seu advogado e preferiu não fazer comentários.
O GLOBO
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/justiça-manda-santander-indenizar-funcionaria-demitida-por-texto-com-criticas-reeleicao-de-dilma-17468708#ixzz3ldHS7q4J © 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S. A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
28 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.
Decisão esquisita e parece ter viés político. continuar lendo
Por que? É justo ser demitido por um pedido de um candidato, sendo que só estaria realizando corretamente seu trabalho? continuar lendo
O mercado financeiro cria suas próprias crises e estimula aquelas que não criadas por ele, pois sempre ganha e afinal, hoje não é preciso produzir nada de concreto para ganhar dinheiro, como bem mostra a crise de 2008 nos EUA.
Porém, é inegável que a funcionária pagou o pato por uma posição do Banco Santander, que foi covarde de não admitir que ele próprio fez a picaretagem...
A juíza infelizmente não captou a maldade do sistema financeiro e diz isso : "No entendimento da juíza, o texto do Santander vinculando a situação da economia ao quadro político trazia a mesma análise feitas por outros profissionais do mercado financeiro.Para a juíza, seria"desleal com os clientes do banco esconder tais circunstâncias"
Se o banco quisesse influenciar economicamente seus clientes ele aconselharia o cliente a ganhar dinheiro com os prejuízos que a DILMA DARIA AO GANHAR A A ELEIÇÃO!!!!!!!!!!!!!E não influenciaria ele a ter medo da eleição da Dilma, pois o mercado financeiro não tem ideologia, para ele tanto faz quem ganha uma eleição ou perde, pois o dinheiro é um só e ele simplesmente troca de mão, então o Santander deveria mostrar para o onde vai o dinheiro em caso de vitória da Dilma ou do Aécio, e ponto final, não ficar colocando medinho nas pessoas sobre quem vence ou perde.
Aliás, ai está a dupla maldade do banco: este influenciou os clientes para tirar proveito deles, criando a crise para ganhar justamente com alocação de recursos destes para o lugar que o Banco realmente queria.
Por exemplo, para quem aplicou em fundos RF a eleição da DILMA até agora foi um presente de Deus!!!!
Mas para pensar assim, a pessoa tem que ter muita maldade no coração, que o só o mercado financeiro tem, e a juíza graças a Deus não possui.
Vale lembrar, que o país que sustenta o Santander é o Brasil, esse país que sempre tá em crise mas que sustenta um monte de empresa (por que será que elas não saem daqui, o gente que gosta de sofrer, né??).
O Santander inclusive tentou vender as operações no exterior para o governo brasileiro, a Dilma não aceitou e isso com certeza partiu o coração surrado e sofrido dos banqueiros espanhóis. continuar lendo
Nossa, que análise genial. Tu tem material pra eu ler sobre esse assunto? continuar lendo
O banco esta para intermediar recursos, não oferecer "analise política" aos seus correntistas de "alta renda". Se fosse uma consultoria feita por um, ou um grupo de aplicadores seria logica, mas mandar "spam" aos seus clientes é, no minimo, tendencioso e despropositado. É acentuar uma tendencia de crise no interesse de alguns. Acredito que a funcionaria não teria essa iniciativa. continuar lendo
A análise aos clientes de alta renda mostrou-se ou não verdadeira? Pode ou não ter evitado perda desnecessária aos seus clientes? Não seria função de quem trabalha com investimentos reduzir potenciais ricos a seus clientes? Se não, para que serviria uma consultoria bancária? continuar lendo
Teria que dar uma prémio para a Analista e não demiti-la. Pois segundo o narrado no texto ela acertou em cheio o que ocorreria com o Brasil nesse ano. continuar lendo
Dá uma lida no comentário do Roniel Cury! continuar lendo