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19 de Abril de 2024

Palestra de Drauzio Varela sobre sexualidade em colégio católico enfrenta ataques nas redes

‘O ponto central é respeitar o direito dos outros’, diz o médico, sobre a polêmica

há 7 anos

Uma palestra do médico Drauzio Varella sobre questões de gênero e sexualidade com os pais de alunos do tradicional colégio católico São Luís, em São Paulo, se tornou motivo de debate e de ataques nas redes sociais. Na internet, há uma petição online coletando assinaturas contra o evento, marcado para o próximo dia 30.

A repercussão do caso levou o reitor do colégio, o padre Carlos Alberto Contieri, a escrever uma uma carta aos pais explicando as razões pelas quais manteria a palestra. O colégio esclareceu que o evento faz parte de uma série de conferências voltadas para pais de estudantes do 6.º ano do ensino fundamental ao 3.º ano do ensino médio sobre temas diversos, como bullying, drogas e internet.

Ao GLOBO, Varella explicou que está aberto ao diálogo e que sua intenção é apenas apresentar sua visão sobre gênero e sexualidade:

— As pessoas têm que ter liberdade e decidir o que querem da própria vida. Temos uma violência contra homossexuais e travestis que é brutal. Isso não se justifica de forma nenhuma. O ponto central é respeitar o direito dos outros — disse o médico.

Na página do Facebook do colégio, onde o convite da palestra “Bate-papo Humanístico: Gênero e sexualidade"foi publicado o assunto dividiu opiniões. Alguns atacavam o evento sob o argumento de que promoveria a chamada “ideologia de gênero”. Outros, porém, elogiavam a iniciativa. Na última quarta-feira, alguns alunos se mobilizaram a e foram à escola com o rosto pintado com as cores do arco-íris.

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O reitor disse que o colégio não vai ceder ao que chamou de ataques nas redes sociais de Cibermilícias:

— Temos sofrido ataques ofensivos de baixo calão de cibermilícias razão da palestra do drauzio. Essas pessoas, que nada tem a ver com colégio, são de fora, fizeram ilações e vincularam mentiras - disse o padre. — Não vamos nos render a esses ataques e nem deixar cair por terra nossas convicções de formar um aluno para o mundo de hoje.


O colégio São Luiz faz parte da rede jesuíta de educação. A rede dispõe de uma cartilha, disponível na internet, que afirma que o espaço escolar deve considerar o desafio de articular fé e justiça com temas como “gênero, diversidade sexual e religiosa, novos modelos de família, questões étnico-raciais, elementos referentes às culturas indígena, africana e afro-brasileira no Brasil e todos os temas similares relacionados a categorias ou grupos sociais que sofrem discriminação, violência e injustiça”.

O trecho mencionado está no parágrafo 22 do documento intitulado “Projeto Educativo Comum”, uma referência para as escolas jesuítas. Diz ainda que assuntos como gênero, diversidade sexual e religião são realidades que, “iluminadas pela fé e em comunhão com a Igreja, precisam fazer parte, de forma transversal, de um “currículo evangelizador”.

Leia mais: https://oglobo.globo.com/sociedade/palestra-de-drauzio-varela-sobre-sexualidade-em-colegio-catolico-enfrenta-ataques-nas-redes-21857334#ixzz4tXnDAbu0

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Eu acho que o país tem tanta coisa mais importante para discutir do que quem transa com quem. O que isso interfere diretamente na minha vida? Todos têm direitos e deveres iguais perante a sociedade e desde que cada cidadão cumpra com essas obrigações para com o Estado e a sociedade, o que ele faz da sua vida pessoal não é da conta de ninguém Eu não sei pra que essa cruzada de Igrejas e outros segmentos contra o direito de outros a se expressarem. Eu não concordo com muita coisa do jeito que está sendo feito, mas eu filtro o que me serve e o que não me serve. Se eu não gosto eu não apoio e não faço, não compro e não financio, mas não tenho o direito de impedir quem queira ser o que quiser. continuar lendo