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20 de Abril de 2024

Presente de Grego?

Estados Unidos doam mais de 50 tanques de guerra ao Brasil

há 5 anos

Uma doação recente dos Estados Unidos da América acaba de chegar ao Brasil, via Porto de Paranaguá: cerca de 52 tanques de guerra estadunidenses tipo M3, perfeitamente utilizáveis, para o transporte de tropas e carro de comando, estão prestes a ser incorporados ao Exército Brasileiro. Isso ocorre quando muito se fala de intervenção estrangeira norte-americana na Venezuela, a maior reserva certificada de petróleo no mundo.

Os tanques que não serão, necessariamente, ligados a operações diretas de ataque, mas de apoio, posto que não são dotados de armamento pesado — como canhões e blindagem especializada. Eles devem se somar aos atuais tanques Leopard Alemães, adquiridos de segunda mão há pouco tempo pelo Exército.

Tal tendência, de adquirir material bélico externo, em detrimento da indústria nacional, além de desmantelar a incipiente indústria brasileira, contribui, e muito, para desestimular a produção nacional para suprir as atuais deficiências do Exército Brasileiro.

O Brasil já foi, na década de 1980, um dos três maiores produtores de tanques no mundo. A Engesa desenvolveu os tanques blindados nacionais Cascavel e o Urutu, que foram exportados para América Latina, África e Oriente Médio. O boicote internacional estadunidense, que impôs embargo às exportações para a Líbia e o Iraque, bem como o calote iraquiano à empresa e a falta de encomendas do Exército Brasileiro, justamente quando a Engesa desenvolveu o Osório — o primeiro tanque pesado brasileiro — é que levaram a Engesa ao fim.

A doação recente dos EUA leva o Brasil à dependência estadunidense quanto à reposição de equipamentos e peças, fator intolerável em tempos de guerra. A Venezuela e o Irã possuem modernos caças F-16 e F-14 no solo, sem condições de voo porque faltam peças, já que elas não são cedidas pelos EUA a governos que julgam hostis. Tal doação, além de roubar-nos preciosos empregos, soberania e independência, soa-nos muito mais como um “presente de grego”.

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so besteira de quem não sabe nada da área. nada mesmo. te informe sobre os F14 do Irã. Há anos estão parados sem peças. Texto simplesmente ridiculo que desconhece funcionalidade básica de equipamento bélico continuar lendo

Em outubro p.p. os EUA doaram canhões autopropulsados M109 e remuniciadores M992, bem como veículos de comando M577, veículos de transporte de tropas M113 e três veículos de socorro (recovery) M88. O total, se não me falha a memória, fica na casa dos 120 veículos, mais ou menos.
O autor da matéria original mostra pouco (mesmo) conhecimento sobre o tema, porque o mencionado M3 (Stuart) é um tanque da Segunda Guerra e o Brasil já aposentou os seus há décadas.
Caças F-14 não são modernos, e faz tempo. Os do Irã foram entregues em 1976, há mais de 40 anos e nunca tiveram atualizações, as chamadas MLU's. São aeronaves antigas, com sistemas defasados e capacidade de combate dúbia, ainda que não desprezível. Os principais vetores de combate dos iranianos hoje são os russos MiG-29 (caça) e Su-22 e Su-24 (ataque), todos russos. Caças F-14, por sinal, já foram aposentados nos EUA faz alguns anos e substituídos pelos mais modernos F/A-18F.
O EB conta hoje, com tanques Leopard, alemães, e sua variante Guepard, antiaérea, Entre Urutus e Cascavéis, conta com cerca de 830 veículos. Já há também cerca de 330 blindados Guarani em operação, e encomendas estimadas em cerca de 1.500 unidades das demais versões possíveis do veículo (transporte, reconhecimento, comando, de combate, etc).
Sim, ainda que este tenha se mostrado superior a Abrams, Challenger e AMX americano e demais competidores na concorrência na Arábia Saudita, os sauditas compraram o MBT americano por questões políticas e pressão de Washington, ainda mais depois da eclosão da guerra com o Iraque. O EB, então, não adquiriu o Osório, entretanto, simplesmente por ser caro demais. Quando nem o exército do páis de origem compra o equipamento, difícil fica vendê-lo lá fora.
Então, com o devido respeito, a argumentação do EB ficar "dependente dos americanos" por causa de 50 ou 100 veiculos doados não faz, absolutamente, nenhum sentido.
Abs! continuar lendo

Corrigindo...
"... ainda que se tenha mostrado superior a Abrams (americano), Challenger (inglês) e AMX (francês)... continuar lendo